Entrevista com Gustav + video


ita com o Gustav. (Vídeo aqui.)

Você vem de uma família com antecedentes musicais?
Gustav: Não, eu acho que o meu pai tocou guitarra durante… não sei… Ele apenas tocou para mim “Smoke on the Water” e a minha irmã tentou tocar guitarra, mas… nada. O meu avô também não… Não, eu acho que ninguém tocou um instrumento musical na minha família, acho que sou o único.

Porque escolheu a bateria?
Gustav: Os meus pais ouviam muito rock: Eric Clapton, Rolling Stones… Deep Purple e eu à noite, durante o jantar, estava sempre tocando debaixo da mesa. No começo, meu pai dizia: Ok… Sai daqui, leve a sua comida e pode ir comer no chão. Depois passados dois ou três meses, ele me levou até uma escola de música e o professor disse: "É muito pequeno." Eu tinha quatro anos e meio, claro que era pequeno. E o meu pai disse ao professor: "Então ele começa apenas com a parte superior da bateria, sem o bombo." E foi assim que começei na bateria.

Quem te inspirou quando começou a tocar?
Gustav: O meu pai me levou a um show do Phill Collins e ele tocava bateria juntamente com o Chester Thompson, e foi simplesmente incrível, inacreditável, durou uns sete minutos. Acho que foi nesse momento que se deu o click da minha vida, e o meu pai disse-me: "Ok Gustav, se quiser tocar em frente de uma audiência dessas, - e estavam lá à volta de 10 mil pessoas, - terá que praticar, praticar e praticar." E eu pratiquei, pratiquei, pratiquei. Eu gostaria mesmo muito de tocar com o Phill Collins, mas acho que ele já tem uma certa idade e não sei… Talvez, daqui a uns anos.

E hoje em dia, quem te inspira?
Gustav: Hmm, há muitos bateristas dos quais eu gosto… Danny Carey do Tool, Chad Smith do Red Hot Chili Peppers… Sim, há muitos bateristas. O Danny Carey tem um estilo brilhante tocando, e o Chad Smith também, por isso eles os dois são dos meus bateristas favoritos.

Prefere tocar em estúdio ou ao vivo?
Gustav: Os dois. Tenho mesmo que responder ambos… Em estúdio, bem, eu teria que dizer 55% ao vivo e 45% no estúdio. Porque no estúdio estamos todos juntos, a banda, os produtores e eu, como baterista, quero tocar tudo, tudo, e não é muito, eu sei. Eu quero fazer tudo numa única música. E às vezes, eu toco e toco e toco e depois ouço, e não se faz o click e eu penso: "Ohh m****, tenho que começar de novo…" E depois todo mundo diz: "Ok Gustav, menos, por favor…" E então eu respondo: "Ah, ok, por que não?" E ao vivo você simplesmente toca em frente a uma audiência e mostra tudo o que fez durante um ano ao gravar um álbum. E quando vê a audiência gritando, e eu não sei porquê, não sei se estão gritando por mim, mas vejo todos vibrando e aí eu sei que fui eu que fiz isso.

Como é que consegue equilibrar o fato de fazer música com o próprio negócio da música?
Gustav: Eu não gosto lá muito da parte dos negócios, prefiro mesmo a parte da música. Dou entrevistas, mas eu sou um tipo tímido e eu sei que nunca falo muito, mas se eu nunca falo muito é porque não gosto de dar entrevistas…
Jornalista: Vamos parar a entrevista!
Gustav: Sim, vamos parar a entrevista!

Que conselhos pode dar aos jovens bateristas?
Gustav: Começem o mais cedo que puderem, eu na escola de música tinha aulas com outro baterista e com o professor… Eu odiava ter de tocar de acordo com as notas e as pautas, por isso eu era quem tocava sempre como queria. Mas acho que é melhor começar por tocar na escola de música durante uns quatro ou cinco anos, assim você ganha as bases, e depois toca aquilo que eles quiserem.

O que te atraiu na MeinCymbals?
Gustav: Bem... Isso eu não sei. Não faço mesmo ideia. Eu gosto mesmo da Cymbals. Os meus primeiros pratos, para a minha primeira bateria, eram da Meinl. E eram muito à frente, isso foi há uns quinze anos atrás e agora regressei, gosto mesmo muito da Meinl.

Qual o produto da Meinl Cymbals que é mais o seu estilo?
Gustav: O MB20, eu gosto de barulho, gosto que seja mais forte.

Qual é o seu Meinl Cymbals favorito da sua bateria e por quê?
Gustav: Boa pergunta. Eu gosto de todos, gosto realmente de todos… (Termos técnicos xD) Têm um bom som.

Qual é o seu maior objetivo como músico?
Gustav: Já estamos juntos há 10 anos e já tivemos tantos objetivos… Encontramo-nos, tocamos ao vivo para 10 pessoas, e quando olho para trás me lembro que tivemos um show em que as pessoas na audiência tinham todas uns 25 anos, e nós tinhamos, sei lá, uns 12 ou 13 anos e 9 músicas. Ok, quando falamos em 9 músicas, cada música tem mais ou menos 3 minutos, iamos tocar uns 25 minutos, no máximo meia hora. Acabamos tocando uma hora e meia, estavam todos bebâdos e por isso tocamos três vezes a mesma setlist. Isso para mim já foi um objetivo alcançado. E agora, tocar em vários lugares da Europa e na América. Eu gostaria muito de tocar com Dave Grohl, mas ele canta e eu toco bateria… Ele é bom nas duas coisas, mas eu quero mesmo tocar com Dave e com Phill Collins. Acho que isso é um sonho que nunca se irá realizar, mas... Nunca se sabe.

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