O novo álbum de vocês é chamado Humanoid, qual é o tema principal?
Bill: Sim, é um pouco chato que um álbum não tenha um tema. Existem muitos assuntos inspirados nas nossas vidas, no nosso ambiente e em algumas coisas que aconteceram ao longo do ano em que trabalhamos no novo CD.
Como descreveriam o fã perfeito do Tokio Hotel?
Bill: O fã perfeito gosta de ouvir a nossa música e gosta do que fazemos, mas eles não fazem downloads ilegais da nossa música na Internet.
Celebramos recentemente o 20º aniversário da Queda do Muro de Berlim, isso inspira vocês?
Tom: Para nós, não é assim tão importante. Crescemos numa Alemanha reunificada. Nós ouvimos falar, contaram-nos esse episódio, mas não o vivemos.
O projeto futurístico para o álbum representa para vocês um Humanoid, e tem uma certa melancolia que é quase assustadora. O que dizem disso?
Bill: Sim, mas os jovens também refletem sobre a vida e às vezes é triste. Eles preocupam-se e por isso mesmo gera alguma tristeza, melancolia; mas neste álbum também há músicas alegres. Na verdade, é uma mistura.
Tom: E sabe… nós também somos jovens, este álbum reflete-nos.
Vocês acabaram de lançar este álbum em duas línguas, alemão e inglês. Tiveram algumas dificuldades em re-gravar as músicas de Alemão para Inglês?
Bill: Desta vez nós escrevemos e produzimos os dois álbuns em duas línguas. Anteriormente só escolhemos algumas partes de músicas que preferíamos e depois as traduzimos. Mas desta vez fizemos de outra forma. No entanto, isto exigiu um maior trabalho da nossa parte e demorou mais tempo, mas valeu a pena porque o Inglês e o Alemão fazem parte da nossa identidade.
A França está conmvocês desde o início, por isso, como definem a sua relação com o país?
Bill: A França é um país importante para nós, gostaríamos de voltar cá. A França foi o primeiro país depois da Alemanha onde tivemos sucesso, e estamos agora planejando os nossos novos shows. Voltaremos, com certeza, a França.
Venderam milhões de álbuns, fizeram muitas turnês, e têm uma legião de fãs. Como lidam com a pressão constante?
Bill: Nós lidamos razoavelmente bem com a popularidade. Há fases em que as coisas correm bem e outras em que não. Há momentos em que não sabemos como vamos conseguir continuar, e outros em que não nos apetece estar em palco. Às vezes nos sentimos tão intimidados, e nem sempre acreditamos que vamos ser bem sucedidos, mas na maior parte das vezes estamos muito felizes com tudo. O palco é como uma droga.
A diferença entre a sua realidade e a realidade que os fãs imaginam assusta vocês?
Bill: As pessoas têm uma certa imagem de nós que é completamente distante da realidade. É um mundo de aparência, mas é normal que o mundo do espetáculo crie certas ilusões. É, na verdade, o que as pessoas querem ver. O público não imagina que por trás do brilho e dos grandes palcos também existem coisas que não são propriamente agradáveis.
Tom: Os nossos fãs têm que compreender e entender que a realidade é diferente, e às vezes, nós também estamos aqui para eles, para lhes explicar essa mesma realidade.
Vocês mencionaram o fato do último álbum de vocês ser o melhor que fizeram até agora. Porquê? E também, mencionaram que havia uma evolução, qual é?
Bill: Sim, eu concordo com isso. Nós pensamos sempre que o último álbum é o melhor uma vez que o acabamos de fazer. Estamos muito entusiasmados, e muito felizes com este álbum. É uma evolução normal, crescemos, fizemos muitos shows, conhecemos públicos diferentes, e passamos muito tempo no estúdio. Estamos, sem dúvida, muito mais relaxados agora.
Tom: Mas gostaremos sempre das nossas músicas antigas, tanto quanto das novas.
O que chateia o Tokio Hotel?
Bill: Não gostamos de gente arrogante. Também temos um problema com a autoridade. Não gostamos quando as pessoas nos dizem para fazer isto ou aquilo. Preferimos tomar as nossas próprias decisões.
O Tokio Hotel sente-se, de alguma forma, os porta-vozes de uma geração?
Bill: Não é uma tarefa fácil. Nós tentamos tocar o maior número de pessoas possível com as nossas músicas e letras, dando-lhes também uma forma de encontrarem a si mesmas, descobrirem quem são. Tom: Geralmente, as nossas letras falam do que nos toca, na esperança que também toque o público e que os faça refletir.
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