Cherrytree Records - Entrevista de Martin ao Bill e Tom + Tradução


Martin: Aqui é o Martin da Cherrytree Records, e www.cherrytreeradio.com . Hoje tenho o privilégio de estar no estúdio com o Bill e o Tom, do Tokio Hotel para falar com eles sobre algumas das músicas do seu novo álbum, Humanoid. Esta é uma boa oportunidade. Obrigado. Vamos direto ao assunto. Porque é que escolheram a música "Noise" como música de abertura para o seu álbum? Que qualidades especiais uma música de abertura tem de ter para vocês e quando, durante a produção do álbum Humanoid, decidiram começar com "Noise"?
Bill: A música de abertura de um álbum tem de ter muita energia. E depois de gravar todas as músicas e decidir quais faixas vai incluir no álbum, quase que sabe qual delas vai ser a primeira. Desde o início sentimos que a "Noise" tem aquela fantástica energia e a mensagem perfeita para abrir.

Martin: Acho que a música "Dark Side of the Sun" é um ótimo exemplo de como evoluíram e envolveram o som mas, ao mesmo tempo, capta o que é tão especial do Tokio Hotel. Já pensaram como é que os seus fãs iriam reagir a uma particular música, quando estão em estúdio, ou escrevendo ela?
Bill: Quando escrevemos músicas, concentramos nos nossos sentimentos e nas nossas intuições. Nunca temos a certeza se, no fim, os fãs vão gostar daquela faixa ou não, mas é isso que torna as coisas entusiasmantes. Durante o processo de escrita da música nós pensamos no que as pessoas iram pensar, se vão gostar da música, mas esses pensamentos chegam às nossas cabeças quando se começa a aproximar a data de lançamento. Começamos a ficar muito nervosos e lendo sobre tantas coisas. Dark Side of the Sun é uma música muito motivante e cada vez que a ouvimos, lembra-nos de estar em tour e dá vontade de voltar aos palcos e atuar.

Martin: Soube que vocês discutiram sobre as músicas que deveriam pôr no álbum mas parece que nunca houve dúvida sobre qual seria a música para lançar como primeiro single, "Automatic". Como?
Bill: "Automatic" foi uma das últimas músicas que escrevemos para o álbum. Era exatamente a faixa que nos faltava. E um dia percebemos das vezes que usamos a palavra "automático" e foi aí que arranjamos a idéia para a música. É completamente louco como nós usamos as palavras todos os dias e há tantas coisas que funcionam automaticamente. Muitas delas são muito positivas. Bem... O que é que não é automático de forma alguma? O amor não é automático. Começamos a trabalhar a música no estúdio e tudo correu bem e facilmente, não levou muito tempo até a terminarmos. Depois de gravada, sabíamos que esta seria o nosso primeiro single.

Martin: Anteriormente disseram que iriam gravar faixas mais pesadas, especialmente baladas. Ouvindo este álbum, posso ver que as baladas, como a "World Behind My Wall" são claras mas cheias de impacto. Isso foi algo que tinham planejado desde o início para o Humanoid.
Tom: Acho que Humanoid é o que tem mais força até agora. Mas não foi algo que tenhamos planejado, apenas aconteceu e a "World Behind My Wall" é uma música íntima que descreve parte das nossas vidas.

Martin: E quanto à música "Humanoid"? O que é que veio primeiro? O título do álbum ou a música?
Bill: O nome do álbum veio primeiro e não levou muito tempo até termos a música. Humanoid é um sentimento que tem acompanhado a nossa vida inteira e também durante a produção deste álbum. E sim, é verdade, diria também que "Humanoid" é a faixa que liga todas as outras músicas no nosso álbum e tem tantas diferentes melodias e sentimentos. No início pode não fazer qualquer sentido, mas é isso que significa o "Humanoid" para nós. E nesta faixa livramos de todas as estruturas de músicas que tínhamos. A música é como que uma viagem para um Universo diferente.

Martin: "Forever Now" é uma música hipnótica e de fascinação. Foram influenciados por alguma coisa interna, externa enquanto gravavam essa música?
Tom: Sim, estar no estúdio é algo cheio de altos e baixos. Divertimos muito juntos mas, certas vezes, não tomamos conta de nós mesmos como fazemos quando estamos em tour. Estar no estúdio é o nosso tempo criativo onde deixamos que muitas coisas aconteçam. E sim, passamos tempos juntos, quando estamos mais em baixo divertimos muitos ou só discutimos quando aparecem novas idéias.

Martin: Quando ouço os seus álbuns mais antigos, parece que limitaram o uso de teclados como efeito. E no segundo álbum alemão, mal usam teclado. Mas em "Humanoid" parece que usaram teclados de uma forma mais pronunciada. Quem é o responsável por isso e quem é o melhor tecladista?
Bill: Queria que este álbum começasse de forma nova e tentamos novas coisas. Já passou tanto tempo desde o nosso último álbum e queríamos ouvir a nossa voz interior primeiro para saber que música fazer no futuro. E para este álbum usamos todas as técnicas e opções musicais que tínhamos disponíveis. Até agora só temos usado bateria, guitarras e baixo. "Pain of Love" foi uma das primeiras músicas que gravamos e acho que é por isso que temos inúmeras versões para esta música.

Martin: "Dogs Unleashed". É basicamente um grande "beijo" para os que odeiam vocês. Vocês estão sempre a par do impacto de que as suas músicas têm?
Bill: Muitas vezes estamos a par disso, mas agora que fala disso, é até legal. Pegar nas nossas experiências e colocá-las nas músicas e dizer isso às pessoas é mesmo legal. É especial podermos passar uma mensagem sem ter de fazer uma entrevista. Mas nas últimas semanas temos experienciado coisas muito intensas e algumas dessas experiências estão nas nossas músicas.

Martin: Aqui está uma pergunta que muitos fãs gostariam que eu fizesse. Tom, imagine que está apaixonado por uma garota, conseguiria fazer uma música para ela e fazê-la ouvir?
Tom: Sim, eu conseguiria fazer isso! Mas vamos ver, se algum dia eu me apaixonar e se escrevesse músicas tão boas como o Bill, talvez funcionasse. Mas acho que para isso teria de viver as coisas românticas vindas do meu irmão.

Martin: Quando ouço a faixa "Human connect to human" penso o que significa o companheirismo para vocês.
Bill: Acho que o amor no companheirismo é tudo. E é algo que procuramos todos os dias. Todo mundo procura uma verdadeira alma gêmea e é disso de que a música fala. Se não há ninguém na sua vida que não te ame, então está perdido. O amor mantém-nos vivos. Acho que os humanos precisam de humanos e, claro, que cães também.

Martin: "Alien" não era uma faixa que também podiamos ouvir no DVD "Caught on Camera"? Como é que chegaram a essa música?
Tom: Exato! Esta foi a nossa primeira música. Foi como a fundadora de todo o álbum. Também fizemos muitas versões desta faixa e, no fim, foi muito dificil escolher uma. E, para dizer a verdade, adoraria ver o Gustav dançando esta música numa discoteca.

Martin: Quão dificil é traduzir palavras como "phamtom rider" (cavaleiro fantasma) para alemão ou vice-versa? Estão contentes com as músicas alemãs na versão inglesa para este álbum?
Bill: Acho que esse foi o nosso maior desafio. Conseguíamos ver que que, quando tentávamos traduzir uma palavra, não ia dar resultado. Algumas vezes temos que olhar para elas como duas palavras diferentes. Uma está em alemão, e outra em inglês. A mensagem de ambas as versões são praticamente as mesmas mas não podíamos traduzir a letra. Não queríamos fazer uma versão mais fraca, e daí termos escolhido este método de nós fazermos.

Martin: Há filmagens suas tocando "Zoom" no piano quando estava no estúdio em Los Angeles. Podemos esperar um piano em palco nos próximos concertos?
Tom: Sim, eu sei que seria demais mas ainda não está nada certo. Também tenho que admitir que não sou assim tão bom quando se trata de tocar piano e não quero arruinar a música.
Bill: Eu posso dizê-los que ele está fazendo um excelente trabalho.

Martin: Este é o Martin da Cherrytree Records e www.cherrytreeradio.com, estive falando com o Bill e o Tom. Parabéns rapazes, boa sorte com o "Humanoid". O Tokio Hotel arrasa!
Tradução: Tiago-TH Brasil Fãs

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